17/02/2025
Desde os primeiros meses de vida, o medo faz parte do desenvolvimento infantil e surge como um mecanismo natural de proteção. Bebês podem demonstrar receio diante de rostos desconhecidos ou na ausência dos pais. Com o passar dos anos, os temores se transformam e se tornam mais complexos. Na fase dos dois aos três anos, sons altos e a escuridão podem gerar insegurança. Já entre os quatro e seis anos, monstros, fantasmas e criaturas imaginárias passam a ser as principais fontes de medo. A partir dos sete anos, as preocupações começam a se basear em situações mais concretas, como doenças, acidentes ou perdas familiares.
Nem sempre o medo infantil é negativo. Ele ensina a criança a lidar com desafios, avaliar riscos e desenvolver estratégias para se proteger. No entanto, quando se torna excessivo, pode impactar o sono, a alimentação, a vida escolar e as relações sociais. Sintomas como irritabilidade, isolamento, dificuldades para dormir e até queixas físicas, como dor de barriga ou de cabeça, podem indicar que o medo ultrapassou os limites do aceitável.
A diferença entre medo e fobia está na intensidade e na duração da resposta emocional. Enquanto o medo é uma reação temporária a um estímulo específico, a fobia se caracteriza por um medo persistente e desproporcional, que interfere na rotina. Crianças com fobias evitam situações que desencadeiam a ansiedade, o que pode restringir sua participação em atividades do dia a dia. Entre as fobias mais comuns estão o medo extremo de insetos, tempestades, lugares altos, injeções e interações sociais.
Para ajudar os pequenos a lidarem com o medo, é essencial validar seus sentimentos e incentivar o diálogo. Minimizar ou ridicularizar a insegurança da criança pode intensificar a sensação de vulnerabilidade. Em vez disso, os pais podem acolher suas emoções e explicar, de forma simples e realista, o que pode ou não representar um perigo real. Técnicas de relaxamento, como respiração profunda e contação de histórias, também podem ser eficazes para reduzir a ansiedade. Expor a criança gradualmente à situação temida, de maneira controlada e segura, pode ajudá-la a superar seus medos com o tempo.
Quando o medo se torna incapacitante e persiste por longos períodos, a orientação de um profissional pode ser necessária. A terapia infantil pode auxiliar a criança a reformular pensamentos negativos e desenvolver estratégias para lidar com suas inseguranças. Com o suporte adequado, os pequenos aprendem a transformar o medo em um aprendizado que os prepara para desafios futuros. Para saber mais sobre medo infantil, visite https://leiturinha.com.br/blog/medo-alem-do-normal/ e https://www.vittude.com/blog/medo-infantil-como-trabalhar-psicologo/